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27 de abril de 2007

atrofia

confição da "atrofia da sensação de prazer" de Charles Darwin

“Até a idade de 30 anos, e um pouco além, poesia de diversos tipos [...] davam-me grande prazer, e, mesmo quando a idade escolar extraía deleite de Shakespeare [...]. No passado, os quadros e a música davam-me imenso prazer. Mas hoje em dia, faz muitos anos que não consigo suportar uma linha de poesia: tentei ler Shakespeare e achei tão insuportavelmente tolo que senti náuseas. Quase perdi todo o gosto por pinturas e música [...]. Mantenho algum sentimento por belas paisagens, mas já não me causa o intenso prazer do passado [...] . Parece que minha mente se tornara uma espécie de máquina, que produz leis universais a partir de um grande ajuntamento de fatos [...]. A perda dessas sensações é a uma perda de felicidade e pode vir a ser prejudicial ao intelecto, e mais provavelmente ao caráter ético, ao debilitar a parte emocional de nossa natureza."

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